“Los espíritus del Trueno, de la Lluvia, del Viento, de la Tierra en su profundidad y en su altura, de las Plantas, de los Ríos, nos acompañen siempre para captar la presencia del Dios vivo y verdadero, que ha hablado a sus antepasados, y juntos caminemos al encuentro de la Palabra hecha carne que nos convoca a la construcción del Reino”
De 12 a 15 de Janeiro de 2011 juntaram-se em Licto (Chimborazo) – Equador, cerca de 30 missionárias e missionários que trabalham nas regiões Colômbia, Equador, Argentina, Bolívia, Venezuela e Brasil, juntamente com os conselheiros continentais da Consolata: Irmã Renata Conti e o padre António Fernandes.
À luz do texto de João 14, 6: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, partilhou-se o Caminho efectuado ao lado das diferentes comunidades indígenas, a Verdade que conduz a profundas reflexões sobre o futuro desta missão, e a Vida que proporciona a possibilidade de uma articulação continuental em favor da mesma opção indígena.
Ao longo da semana foram vários os momentos vividos com comunidades indígenas locais – danças, rituais, celebrações da palavra, enfim, formas de inculturação fundamentais para um missionário.
As partilhas entre as várias regiões foram igualmente importantes para consolidar uma opção que nem sempre é fácil, que conta com muitos opositores e “esquecimento” por parte dos governos (e outros).
Foram essas mesmas dificuldades, vitórias e sonhos, que na conclusão do encontro geraram uma pergunta muito interesante. Deixa-mos aqui essa questão e as várias respostas, das várias regiões, para que, de alguma forma, todos nos sintamos em sintonia por uma causa a não esquecer:
Porque é que nós consideramos que a opção pelos indígenas responde ao nosso carisma?”
Os indígenas são invisíveis – o nosso carisma leva-nos onde ninguém quer ir.
É uma caracteristica da primeira evangelização.
Não existe interese por parte da Igreja local para promover a pastoral indígena.
Interculturalidade. Ao longo do tempo os nossos institutos têm assumido a interculturalidade. Construir um mundo intercultural.
É uma realidade onde outros não querem entrar.
Os povos indígenas são invisíveis aos olhos da sociedade e da Igreja local.
Ajudar a corrigir o erro que a Igreja cometou à 500 anos atrás.
Procurar como trabalhar a busca de dignidade dos povos indígenas.
Os povos indígenas continuam a ser os excluidos da nossa sociedade.
Os povos indígenas dão sentido ao nosso carisma na América e ensinam-nos a encarnar a nossa espiritualidade.
O trabalho indígena leva-nos a reflectir sobre o nosso carisma e a razão de ser do nosso Ad gentes. Crescemos graças a eles.
O futuro da humanidade está nos povos nativos e nas suas visões (conceitos) de vida. Os indígenas têm muito que ensinar à nossa Igreja.
O nosso carisma é Ad Gentes e esse encontramo-lo nos indígenas. Aí o transcendemos a um Inter Gentes, onde todos contribuimos e nos enriquecemos mutuamente.
Os indígenas são pobres porque têm vindo a ser empobrecidos.
Apesar de nem todos os leitores do nosso blog serem Missionárias e Missionários da Consolata, esta mensagem sobre o carisma pode ser inspiradora para todos que acreditam num mundo melhor!
“Sonhamos com uma Igreja com Rosto, Espírito e Coração INDÍGENA”
A notícia sobre este encontro pode ser lida no site (Fatima Missionária): http://www.fatimamissionaria.pt/artigo.php?cod=16618&sec=8
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