quinta-feira, 13 de setembro de 2012

De Malas feitas


Como toda a gente sabe, a Missão tem muito que contar, mas no nosso  caso, elevamos essa máxima para outro nível: a Missão tem muito para mudar! J
Como já anunciamos anteriormente, a estadia  em Leguizamo já tinha os dias contados. Como o ritmo por estes lados é tudo menos rápido, e porque não tínhamos barco para levar as coisas a Soplin, tivemos que esperar quase duas semanas. Não estivemos a olhar para o ar: enquanto a Vivi começava a encaixotar e ensacar, o Copi dedicou-se a limpar um pequeno jardim na casa onde estamos a viver, a casa do  futuro bispo de Leguizamo. O resultado? Bem, se olharmos que a experiência jardineira do Copi é digamos… quase nula, parece que até ficou jeitoso.


Normalmente quando as pessoas se mudam chama-se o carro das mudanças, mas no nosso caso temos de chamar o “cochero”, um cavalo que puxa uma carroça! E assim fizemos na passada terça-feira, contudo, quando começamos a carregar logo começou a chover. Não tivemos mesmo sorte! E para ajudar, a chuva aumentou de intensidade assim que começamos a tirar da carroça para o barco... Já com o barco bem carregadinho, seguimos rumo a Soplin.



A principal questão que nos colocamos à chegada foi: quem nos iria ajudar a levar tudo para o hospital, que fica mais ou menos a uns bons 600 metros subindo, descendo e voltando a subir? Como já tínhamos recebido o “castigo” ao carregar, recebemos a recompensa ao descarregar pois apareceram cerca de 15 alunos do colégio para ajudar. Ao principio parecia boa vontade, mas depois lá confessaram que o que queriam era ausentar-se das aulas pois a professora era um pouco má… Afinal os alunos são iguais em todo o lado!!!! Depois de 2 horas indo e voltando lá terminamos cansados e agradecidos pela preciosa ajuda.
Durante os primeiros dias dedicamos essencialmente à limpeza, arrumação e claro, passeios pelo povo cumprimentando as pessoas.
Quando chegamos estavam a trabalhar no hospital o enfermeiro Cirilo e o técnico administrativo Darwin. O resto do pessoal médico tinha saído para visitar as comunidades, ao que chamam Brigada de Saúde. Neste momento já nos encontramos todos, ou seja, dois médicos, Dra. Rosário (responsável), e o Dr. José, uma dentista, Dra. Patricia e um técnico de farmácia, Linder. Sim, parece realmente muita gente, e até somos, contudo as necessidades superam o pessoal e a falta de condições é sempre o maior entrave.
Em relação ao nosso trabalho específico com a comunidade católica, de agora em diante vamos continuar com as Celebrações da Palavra aos sábados, o Rosário ás quintas-feiras, e a preparação de um pequeno coro.
E é desta forma, simples e um pouco lenta, que vamos tentando realizar a missão por esta selva.
Fiquem atentos a mais novidades!