terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A primeira Assembleia Colombinana!


Na segunda semana aqui na Colômbia, fomos convidados a participar na Assembleia do Vicariato de San Vicencente de Caguán e Putumayo, acompanhando o P. Salvador Medina. Este encontro decorreu de 16 a 19 de Novembro em San Vicente del Caguán.

A viagem foi um bom “baptismo” para nós os dois. De Bogotá até Florencia (metade do caminho) demoramos cerca de 8.30h de autocarro, saímos as 22.30h e chegamos às 7h. O que valeu foi o acolhimento tão familiar dos Missionários da Consolata que estão ali - P. Edgar Gómez, o P. Bruno Del Piero e o Irmão Laureano Galindo. Tivemos oportunidade durante a manha, logo depois de um maravilhoso pequeno-almoço, fazer uma visita guiada à cidade, juntamente com o P. Bruno que festeja 50 anos de Missão no Caquetá. Mostrou-nos a cidade com todas as suas histórias. Terminamos o passeio com a visita à Catedral e a tomar um “tinto” com o Monsenhor Jorge Soto (Bispo). Que maravilha ver e escutar a Missão assim! Antes de seguir viagem até S. Vicente, almoçamos ali em casa com a companhia do Bispo e três Irmãs Missionárias da Consolata (elas também iam participar na Assembleia e estavam de passagem como nós).O caminho até San Vicente ainda demorou mais 4 horas. Pelo meio aconteceram alguns imprevistos tal como, perder uma roda porque não tinham apertado bem os parafusos, os militares que aparecem pelo caminho (mais do que uma vez) e têm de revistar tudo e todos, os caminhos de terra, lama, pedras… Enfim, uma boa aprendizagem, sem dúvida!

Chegando, fomos mais uma vez acolhidos em clima de família na casa dos Missionários da Consolata da Paróquia do Espírito Santo. Aqui esperava-nos o P. Vittorio Iacovissi que nos tinha preparado umas pizzas bem caseirinhas.

Relativamente à Assembleia, nela estavam presentes o Monsenhor Francisco Javier (IMC), actualmente Bispo do vicariato, Presbíteros diocesanos, provenientes de outras Igrejas (Florencia, Garzón, Girota) e Seminaristas; Presbíteros Religiosos da Consolata, Vicentinos, Salesianos, Eudistas, Missionários e Missionarias Religiosos de Salle, da Consolata, da Anunciação, da Presentação; Leigos Missionários da Consolata, das Obras Missionárias Pontifícias, Voluntários das Paroquias do Vicariato e funcionários. Todos juntos para agradecer, rezar, reflectir, estudar e projectar a Missão.

Durante a semana houveram vários momentos de formação, partilha dos trabalhos realizados e apresentação de projectos. Apesar de não estarmos inseridos em nenhuma missão, foi muito importante conhecermos a realidade das paróquias (total de 17) e missões que compõem o vicariato. Estão presentes grandes desafios que desconhecíamos totalmente. Como exemplo, em algumas partes, é muito forte o conflito entre guerrilhas, para-militares e exército, sendo que os problemas que daí derivam, afectam a população em geral. Noutros locais, as dificuldades vão desde as complicadas deslocações à falta de recursos de muitas famílias.

Para ajudar à reflexão, foram apresentadas duas conferências: a primeira, intitulada “Memórias da Selva – 60 anos de presença Missionária”. Resultado de uma investigação conduzida pelo P. Matthew Magak (IMC), juntamente com um professor de Antropologia, Maurizio, sobre o impacto e papel, dos Missionários na região do Caquetá, durante a data referida. A outra conferência foi da responsabilidade da Comissão Justiça e Paz, apresentada pelo P. Benjamín Solano (IMC), por um Psicólogo e Advogado (que integram a equipa). Esta comissão tem como empenhos (entre outros): a Assistência psicológica, jurídica e espiritual às pessoas vítimas do conflito armado e qualquer outra manifestação de violência; e a Sistematização dos casos de violação dos Direitos Humanos. Foi apresentada uma síntese do trabalho realizado até à altura, de acordo com estes dois grandes empenhos. Uma das grandes ajudas foi exposta pelo advogado, que explicou quais os nossos deveres e direitos quando somos confrontados com o exército, ou até mesmo a guerrilha (mesmo quando estes não se identificam como tal).

Já perto do final, tivemos a oportunidade de participar na Ordenação Diaconal de três Missionários Eudistas. E claro, no momento de convívio que se seguiu.

Entre muitas coisas aprendidas, ficaram mais presentes algumas ideias que partilhamos convosco:

  1. É urgente agir!
  2. São precisas mais pessoas corajosas!
  3. Bem-hajam todos os missionários que ali vivem e trabalham, dispostos a lutar pela causa do Evangelho!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Ai se fosse em Portugal... laBuceta


Antes de tudo, queria alertar os caros leitores brasileiros que o título desta crónica, não tem nada a ver com ordinarices, palavrões ou menção a qualquer parte do corpo humano...
Este é um dos transportes mais utilizado em toda a Colômbia.Foi uma das coisas que me chamou mais à atenção quando cheguei aqui à Colômbia: a quantidade de pessoas que utilizam este meio de transporte! Também se vêem muitos táxis amarelos mas o táxi é um luxo.
Como dá para perceber pela foto, laBuceta é um mini-autocarro muito colorido e varia muito em tamanho e tecnologia... Existem aqueles que são novos, têm Tvs suspensas, outros com brutas colunas e bancos confortáveis e outras ainda (a maior parte) a cair de velhas e autênticas máquinas de fazer fumo!
Uma das vantagens deste transporte é o facto de ela não parar nas paragens: pára onde o mais comum cidadão deseja, quer seja para entrar quer seja para sair o que alarga os tempos de cada viagem. Às vezes não pára, é verdade, ou porque está a ultrapassar ou então por uma outra razão qualquer pois não dá para perceber, ou ainda , porque vai cheia de passageiros. Às vezes é angustiante levantar a mão e nada... passa a seguinte e nada! Mas quando pára então começa a verdadeira aventura!!!!

O trânsito em Bogotá pode-se traduzir num só adjectivo: Caótico! O estilo de condução colombiano é o de sem regras de trânsito e graças a Deus que cumprem algumas com distinção como são os casos dos semáforos e dos stops. De resto, é uma autêntica lei da selva: acelar e travar em cima dos outros carros, atravessar-se na estrada, apitar muito e muito, mudanças de faixa repentinas sem dar pisca, travagens bruscas... Agora que já temos a panorâmica exterior do transito, vamos à interior na perspectiva de quem viaja nelas.
Eu chamo-lhes os "Helth Clubs" de Bogotá, especializados em trabalhar os músculos de forma localizada: biceps e triceps trabalham-se pois temos que estar muito bem agarrados e os gémeos para que não escorreguemos e assim cairmos por cima de outros "utentes do ginásio". Em suma, uma verdadeira montanha russa, que neste tipo de condução nos obriga a estar muito bem seguros e segurados por outros passageiros que quase sempre vêm colados a nós. isto tudo para quem viaja de pé mas os que estão sentados também não se safam de uns encontrões e pisadelas. As palavras que mais se ouvem são:
Que pena! - quer dizer desculpe.
Outra aventura é entrar e conseguir chegar à porta traseira (quando têm) para sair, pois às vezes desde que entramos, temos logo que tentar furar para chegar a tempo à porta para poder sair. E como nestas_bucetas vale tudo, também se pode entrar pela porta traseira e aqui sucede outro fenómeno interessante. Como não conseguimos chegar à frente para pagar a viagem ao motorista (1300 pesos = 0,52€ para o percurso todo), pedimos para que passem
la plata até à frente -muito interessante! - e quando tem que se receber troco, lá vem ele ter ás nossas mãos!
Bem, depois desta descrição minuciosa de um estilo de transporte e sobretudo de condução, digo-vos que a polícia coloca anúncios no jornal a dizer que aos bons condutores não se tiram fotos e para alertar os maus condutores que podem ser multados...
Se eu vos disser que quase todas elas têm escrito a trás : Como conduzo? Ligue para.....
Não dá para acreditar que a forma de protesto que os condutores utilizam é a buzina, que os passageiros nunca reclamam com o motorista reclamam depois de andarem aos trambolhões e que no fim quase não se vêem acidentes nas estradas.
Pode-se dizer muita coisa da Colômbia, mas no que toca a lasBucetas e ao trânsito:

Ai se fosse em Portugal!!!!!

NOTA: os que colocarem o tradutor em língua espanhola podem ter surpresas mas paciência....

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

"Charlando con"... Irmã Rosalva

A Irmã Rosalva Serrano nasceu em Barranquilla, La Costa (Atlântica) no ano 1936. Para o próximo ano celebra 50 anos de vida consagrada. Pertence à congregação Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo.

Graduada em Psicopedagogia, dirigiu durante 5 anos o colégio da congregação. No final desse tempo decidiu entrar para a comunidade. Com uma gargalhada diz que o mais difícil foi o voto de pobreza: “Recebia um bom salário e de repente tinha de andar a pedir dinheiro à irmã responsável. Era muito chato!” Mas de seguida afirma que o que mais a fascinou foi o voto de “Serviço aos mais pobres”. Esta congregação acrescenta este voto aos votos de castidade, pobreza e obediência. Estes votos não são perpétuos, são renovados todos os anos no dia 25 de Março – Dia da Anunciação. A irmã explica que “nesse dia a festa é grande para quem renova os votos ou quem celebra os votos renovados. Mas também existem as saídas, algumas irmãs deixam a congregação nesse dia.”

Tendo como vocação a “ida ao encontro dos mais pobres”, a irmã Rosalva já trabalhou em quase todos os departamentos da Colômbia, afirma que só lhe falta trabalhar em dois.

Inicialmente, trabalhou em Letizia – Puerto Nariño – com os índios Tikuna, durante 5 anos. De seguida passou para o Cauca onde acompanhou os índios Nasa por mais 4 anos. “Nesta altura dei-me conta da grande necessidade de se manter as relações entre a Colômbia e os seus povos indígenas. Eles estão muito descuidados e desprotegidos. Vivem com carências básicas, principalmente na saúde. Sem ajuda não poderão resistir muito mais tempo”.

Nessa região as irmãs têm agora duas escolas e já contam com professores locais, formados com elas, para dar continuidade ao ensino. Um grande problema que ela salienta é o facto de “muitos dos professores, a partir do momento que se formam, não querem conservar a cultura indígena. Deixam o seu dialecto e optam só pelo espanhol.”

Neste momento encontra-se a trabalhar em Bogotá com os deslocados indígenas, campesinos e afrodescentes. Explica que “a realidade destas pessoas é muito difícil e dolorosa pois têm de deixar tudo e fugir para a cidade”. Quando chegam à grande cidade, em alguns casos, conseguem uma etiqueta a dizer desplazado, “é um desprezo muito grande, e a isso ainda se juntam as ameaças de quem não quer (con)viver com eles”, acrescentou a irmã.

É neste trabalho que afirma “viver a oportunidade de ajudar”, e assim, dar sentido à sua vocação.

Antes de terminar a conversa, deixa a partilha de um sonho que é ver acabar a guerra na Colômbia, “que antes de morrer possa ver chegar a paz e a justiça social em todo o território.”

Explica esse sonho descrevendo um contexto onde as crianças e as mulheres sofrem os maiores atropelos, por isso não pode deixar de fazer um convite:

“Que todas as pessoas de bom coração nos ajudem desde a oração, se não puderem nos fazer uma visita, para que um dia a Colômbia seja território de Paz e Justiça.”

Muchas gracias Hermana!

Temporada na Casa Regional

Desde que chegamos à Colômbia, e até termos a nossa destinação, a Casa Regional de Bogotá é a nossa casa (fotos). O funcionamento é igual a todas as casas, e claro, não pode faltar a sala do “tinto” (café). Para além dos missionários que vivem aqui, passam muitos outros. Desta forma, temos a bela oportunidade de os conhecer e missões onde trabalham, dando-nos igualmente a conhecer.

É uma óptima oportunidade para a integração que todo o missionário necessita quando encontra novas realidades. Para entenderem o queremos dizer vamos vos dar um exemplo: o Copi já está bem “inculturado” na discussão entre “Once Caldas” e “Santa Fé”, não estamos a falar de nada
religioso mas apenas de dois clubes de futebol que dão o que falar à mesa! E também, como podem ver na foto, até já cozinha (com supervisão claro!).

Ainda não conseguimos conhecer a cidade, também o facto de alojar cerca de 8,5 milhões de habitante, dificulta um pouco… Contudo, já tivemos possibilidade de conhecer algumas ruas! Já agora, uma anotação as ruas não têm nomes mas sim numeração. Seguindo os números podíamos dizer que é difícil alguém se perder, mas estaríamos a enganar-vos porque nem com as ruas tão bem numeradas conseguimos ter sentido de orientação (pelo menos para já). Ainda não conhecemos o centro da cidade, por mais que andemos no autocarro nunca estamos perto do centro. Para já só sabemos bem o nome da avenida principal que dá acesso à casa, Avenida Esperanza, que tal como o nome indica, é preciso ter muita para chegar (em bom estado) a algum lugar.

No dia 20 de Novembro fomos ao Seminário Filosófico participar na Eucarística de Renovação dos votos temporários dos seminaristas. Sim, confirma-se, temos vocações religiosas missionárias! Nesse mesmo dia, e antes desta festa, aproveitamos para visitar a Irmã Graça Amado e dar-lhe um abraço à portuguesa. Tivemos tempo para “charlar” (conversar) um pouco sobre a missão enquanto bebíamos um “tinto”.

Nesse mesmo sábado tivemos uma surpresa muito interessante, aliás, uma visita interessante. Saímos com o P. Adalberto sem entender muito bem o destino. Quando demos conta estávamos na casa de uma família que celebrava o dia de falecimento do Pai. No princípio sentimo-nos um pouco deslocados, afinal era um momento muito íntimo. Mas a verdade é que quanto mais tempo lá estávamos, melhor entendíamos o nosso papel, ou seja, de rezar e acompanhar a família num momento de luto e esperança, a importância de “Estar Com”. Regressamos a casa com o compromisso de recordar aquela família na nossa oração e, claro, de lá voltar.

Neste momento estamos a frequentar um “Diplomado de Etnias e Pastoral Urbana”, ou seja, um curso intensivo de duas semanas realizado entre a Conferência Episcopal Colombiana e a Universidade Pontifícia Javeriana. Mas, sobre este assunto muito importante, vamos dedicar mais tempo na próxima conversa.


"Que lo pases bien”

As primeiras notícias...

Hola a todos! Todo bien?

Partilhando um pouco sobre estes dias... comecemos pela viagem. Ficamos muito felizes com a presença dos que conseguiram ir até ao aeroporto, e com todos que mesmo sem lá estarem, pensaram e rezaram por nós.

A viagem correu bem, o único senão foi o atraso do voo Porto-Madrid de quase 1h. Quando chegamos a Madrid tivemos de correr como nunca para apanhar o avião de ligação. Mas aquilo que não esperávamos é que para chegar ao terminal fosse necessário andar tantos kms, subir e descer de elevador, e como se não bastasse, apanhar o metro. É verdade! Quando finalmente chegamos ao avião lá estava meio mundo à espera. Contudo, e infelizmente para nós, ainda tivemos que esperar por mais meio mundo. Com isto tudo, saímos com mais uma hora de atraso.

Quando finalmente chegamos a Bogotá, as surpresas não acabaram. Como era de esperar, nós conseguimos embarcar, mas as nossas malas não foram tão rápidas como nós e lá ficaram por Madrid (talvez tiveram problemas com o visto!) Por isso ainda ficamos mais imenso tempo à espera das malas, depois à espera de pedir que as malas fossem ter a nossa casa, depois passar de novo por mais um controlo da polícia, apanhar um táxi e ir para casa. O transito e a condução, são de facto uma coisa inacreditável, uma confusão autêntica. Mas voltaremos a este assunto numa próxima vez!

Por volta das 19h já estávamos em casa, só deu tempo de ir até ao quarto e ir jantar às 19:30h. Para nós já eram 24:30h, o Copi já não sabia se tinha fome ou sono. Eu, decididamente, tinha sono! E por falar em sono, muitos devem estar a pensar o que fizemos nós durante 10 horas e tal no avião?! Entre troca de lugares, comida que iam servindo, ficamos sentados nos lugares do meio, ao meu (bibi) lado estava sentado um senhor italiano que não tinha muita vontade de dormir. E como se não bastasse, de 5 em 5 minutos perguntava-me como se dizia algo em português. Sabem quando temos muito sono mas não queremos ser antipáticos com a pessoa que não se cala? Incrível! Mas não pensem que não dormi.

No dia seguinte (3ªf) podíamos dormir até quando quiséssemos, só não nos disseram é que a partir das 6h começavam os voos. Vou explicar, como estamos relativamente perto do aeroporto (aqui tudo é perto para eles), ouvimos e SENTIMOS os aviões a partir. Terça-feira, às 6h e pouco pensamos que algum ia cair em cima de nós. E ainda por cima os aviões passam de 10 em 10 minutos mais ou menos, uns fazem mais barulho do que outros, claro. Entre as 6h e as 23h é assim.

E o dia passou assim, de manhã fomos tratar de alguns documentos com o P. Adalberto e de tarde fomos tratar de mais burocracias (tirar uma amostra de sangue, fotos, ...) para o DAS (que é tipo CEF) onde dão o cartão de cidadania. Para o jantar, fomos com alguns missionários ao Seminário Teológico. Chegando fomos directos para a Eucaristia, muito bonita e diferente. Como cântico de entrada pediram-nos para cantar uma música em português, eu e o Copi, e ainda por cima queriam que o Copi tocasse viola, imaginem! Lá nos safamos mais ou menos com “Nada nos separá”. Ainda tivemos oportunidade de partilhar o porquê da nossa presença e falar um pouco da Nossa Senhora de Fátima. Depois de jantar, para despedida, jogamos bilhar e matrecos. O Copi ficou todo feliz com o bilhar, mas aqui jogam um pouco diferente, contudo, lá consegui ganhar. Eu fui jogar matrecos com o P. Salvador, que ganhou à risca.

Quarta-feira passamos toda a manhã no DAS com o P. Efrém que já está aqui na Colômbia à 39 anos. Como podem imaginar já conhecia bem o lugar! Na parte da tarde lá conseguimos falar com alguns amigos e familiares. Não deu muito tempo para contar novidades e como tinham corrido as coisas até ao momento, mas já deu para tranquilizar alguns coraçõezitos preocupados. E claro, da nossa parte, matar alguns saudades iniciais.

À noite fomos visitar a família do P. Salvador, juntamente com o Kim (diácono IMC). Recebeu-nos a sua irmã (igualzinha ao P. Salvador) e o sobrinho com a sua esposa. Serviram-nos dois doces típicos da Noche Buena (Noite de Natal) – um era feito com leite condensado e canela, e um outro é uma massa frita, os dois doces devem ser comidos ao mesmo tempo.

Ah! Muito importante! Chegaram as nossas malas enquanto estávamos com o P. Salvador. Contudo, já tinham avisado que faltava uma e que só chegaria hoje no voo da manhã. Imaginem de quem era essa mala? Pois é claro, a minha! Hoje é quinta-feira e são 18:30h, mala? Nem sinal dela!

E assim terminamos esta nossa partilha. Não vos falamos muito do futuro porque também não sabemos. Aqui as coisas vão com muita calma. O P. Salvador diz sempre, “vocês vieram para realizar os projectos do povo, e não os vossos”, por isso vamos estando aqui “tranquillitos”, a conhecer, a conviver e a esperar com o coração aberto.

Que lo pases bien!