segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Avanços no terreno e Maloca!


Como diz o ditado, o Pai Natal quando vem é para todos, e isto significa que também fez uma visita a Soplín Vargas e deixou-nos alguns presentes no sapatinho. Depois de vários pedidos e requerimentos, a Câmara Municipal entregou-nos a Constância de Doação Definitiva do terreno destinado às atividades da Igreja Católica. O terreno tem 60mt de frente por 80mt de comprimento, com mais de metade da área plana e a restante com inclinação e claro, com muita erva daninha!
Assim que nos entregaram a constância, outra preocupação nos invadiu o coração: era necessário colocar uma cerca à volta do terreno, uma vez que os vizinhos começam a aparecer. Desde Bogotá chegou a boa-nova que tinha entrado no nosso fundo uma pequena ajuda económica para a missão e nem pensamos duas vezes. Falamos com alguns locais para ver quem nos poderia ajudar e acabamos por entregar o trabalho a uma simpática família evangélica (protestante), o Sr. Alcides a liderou a comitiva. Após uma semana já tinha cortado toda a madeira necessária, comprou-se o arame farpado e começamos o trabalho no terreno. Sim, começamos, pois eu (Copi) voluntariei-me para ajudar, o que significou levantar-me alguns dias às 5 de manhã... O resultado foi satisfatório e esperamos que dure muitos anos.



Da mesma maneira, surgiu a oportunidade de começar os trabalhos para a concretização do projeto “Uma Maloca para todos”. Dar início significa começar pelo mais básico: a areia. Pois é, devido a algumas razões, entre as quais a proteção do meio ambiente, tivemos que optar por construir a maloca em cimento pois para fazer uma maloca em madeira com telhado de palmeira seria necessário abater muitas árvores (cerca de 10 árvores e 100 palmeiras).
Felizmente estamos em tempo de Verão, que por estes lados significa que não tem chovido muito e que o rio está baixo, criando uma imensa praia que permite recolher areia. É um trabalho muito duro e também muito caro, mas graças a Deus, tínhamos a tal verba que chegou no sapatinho. Falamos com Christian Artidoro, um novo amigo de Soplín, e ele ficou encarregado de contratar as pessoas necessárias para o trabalho e, mãos à obra. Rapidamente o monte de areia começou a crescer, estando neste momento quase completa a recolha. Como não há fonte de emprego em Soplín, infelizmente o trabalho não chegou para todos, mas o mais importante é que alguns beneficiaram e outros beneficiarão quando seja necessário mais areia.



É com muita alegria que damos este primeiro passo para a tão esperada “Maloca para todos”, um lugar que necessitamos para desenvolver o trabalho missionário de uma forma mais eficaz e também mais familiar. Ainda falta tempo e dinheiro até tudo estar concluído mas o que não nos falta é a esperança de que vamos conseguir!

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